quinta-feira, 6 de agosto de 2009

UFC

Feira das Profissões reúne milhares de jovens


05-Aug-2009
O Campus do Pici recebe, até amanhã (7), uma multidão de estudantes na I Feira das Profissões. Cerca de cinco mil jovens visitam diariamente o evento, para saber mais sobre os 100 cursos de graduação da UFC.
“Eu sou muito indecisa. Fiz vários testes de vocação e os resultados são totalmente diferentes: Administração, Direito e Medicina. Tenho medo de, só depois de entrar no curso, descobrir que não era o que eu imaginava”, desabafou Natália Porto, 16 anos.
Natália e as amigas, todas alunas de uma escola particular de Fortaleza, passaram ontem (quarta-feira) por seis estandes e aprovaram a iniciativa. “Alguns estão bem lotados, mas dá para esclarecer as dúvidas”, avaliou.
As informações sobre os cursos são repassadas por quem, não faz tanto tempo, passou pelas mesmas angústias dos pré-universitários: os próprios estudantes da UFC. A formanda Lúcia Aguiar, que está prestes a concluir a graduação em Letras, é uma das que se propuseram a contribuir com a Feira das Profissões.
Ela disse que a maioria dos que visitam o estande do curso são oriundos de escolas públicas. “Ainda existe um preconceito social grande. As pessoas acham que o destino de quem faz Letras é apenas ser professor e ser mal remunerado. Eu procuro desmistificar isso. Digo que existe um leque de opções no mercado de trabalho. É possível trabalhar com tradução, revisão literária ou pesquisa. É um campo muito rico”, argumentou.
Segundo Lúcia, alguns estudantes parecem estar bem decididos quanto à escolha profissional. Outros, no entanto, chegam confusos e com muitas dúvidas. É o caso de Paulo Victor Farias, 17 anos, aluno do 3º ano da rede pública de ensino. O jovem explicou que, onde estuda, são poucas as informações sobre o mundo das profissões.
Enquanto em colégios do setor privado há suporte especial para pré-universitários – com direito a apostilas especiais, acompanhamento psicológico etc. –, nas escolas públicas falta apoio a quem está perto de encarar o Vestibular. “A gente tinha uma professora que acompanhava as novidades da UFC e repassava para gente, mas ela saiu da escola”, lamentou.

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